Fotos
Vídeos
Dimitri, 2008
Faiança Rafael Bordalo Pinheiro pintada com vidrado cerâmico, croché em algodão feito à mão

58 x 20 x 41 cm

Cortesia Galería Horrach Moyà, Palma de Maiorca

7x5pjg85n8|3040A4B0CF2E|app_Multilingua|DescricaoHTML|0xf9ffe94e00000000fe19000001000300
7x5pjg85n7|2040A4B0CF2Eapp_Multilingua|DescricaoHTML
O conjunto de obras em cerâmica e croché inscreve-se na série de trabalhos desenvolvidos a partir de um núcleo restrito de faianças desenhadas por Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905); unanimemente posicionado entre os mais destacados artistas portugueses do século XIX. A apropriação de Joana Vasconcelos, no quadro da vasta produção cerâmica de Bordalo Pinheiro, inclui apenas a representação naturalista de animais - alguns deles sobredimensionados -, cuja proximidade com o Homem é capaz de gerar desconforto, receio ou medo. Vespas; sardões e cobras; caranguejos e lagostas; sapos; cabeças de touro, burro e cavalo; lobos; ou até mesmo gatos em pose agressiva são ambiguamente aprisionados/protegidos por uma segunda pele em croché, produzindo um discurso apto a renovar os fluxos de significação associados às habituais relações entre cultura popular/cultura erudita e tradição/modernidade. A aplicação do croché num paradoxal aprisionamento/proteção dos animais, assim remetidos ao contexto doméstico, abre um vasto campo de leitura despertado pela beleza e estranheza que o resultado da operação produz.

2008 Hand-made, Galería Horrach Moyà, Palma de Maiorca